domingo, 28 de agosto de 2011

Viaje conosco para o Pará


Todos nós temos um desejo intimo de conhecer algum lugar em especial, algo que chame a atenção e desperte a curiosidade, que satisfaça o eu e que fique na memória para sempre. Algo que nos faça pensar e até sonhar e que de fato valha à pena investir, algo fora de série.

Pois bem; chegou este dia e eu e minha família convidamos vocês para fazerem uma viagem deste tipo, e conhecer o maior projeto, deixado por Deus à sua Igreja.

Um projeto começado com a Trindade antes mesmo da fundação do mundo, algo tão sublime que até os anjos almejaram e um dia o farão, mas o projeto continua na terra e está na espera de pessoas como você que desejam participar dele.

A passagem nesta viagem não será seus olhos, mas sim seu coração. Deixe-o bem confortável para que Deus derrame sobre ele as suas maravilhas, único livro permitido à bordo será a Bíblia. Leve consigo Romanos 10. 11-15; Atos 1.8; Jó 30.1-8 e Isaías 6.6.

A missão do missionário é cumprir o que diz Romanos 10.14 e por esta razão se faz necessário que as Boas Novas de Jesus cheguem até os povos não alcançados.

Como não existem linhas telefônicas, estradas ou escrituras em suas línguas, se faz necessário que alguém se disponha e vá até eles.
Deus quando criou a humanidade, os criou à Sua imagem e semelhança (corpo, alma e espírito).

O indígena também possui as mesmas características e infelizmente não escolheram nascer nos confins da terra, sem acesso ao eminente acesso tecnológico.

Os povos indígenas possuem os mesmos desejos e sentimentos, eles têm medo, fome, dor, frio, chora na tristeza e na alegria, são como você e eu. Não são “bichos”, como alguns o consideram por viverem em isolamento nas matas e se alimentarem do que encontram na natureza: peixes, pássaros, animais e frutos silvestres. Lá não tem padarias, mercados ou açougues. Tem hábitos diferentes do que o nosso e se adequaram à realidade em que vivem. A higiene pessoal, a alimentação e no modo de viver. Porque eles têm outra cultura.

O QUE É CULTURA?

Cultura é o conjunto de comportamento e idéias características de um povo que se transmite de geração para outra e que resoluta em um estilo de vida de um povo.

Hoje estão na moda de preservar os rios, as matas, os animais. Investem milhões nisto. Até a forma do índio viver querem interferir, negando a eles o desejo da livre escolha.

Vivendo isolados, sem poderem ter acesso as “boas coisas” da nossa sociedade. Por exemplo: você trocaria seu computador por uma caneta tinteiro? Você trocaria seu carro por um carro de boi? Você trocaria seu Microondas por um fogão a carvão? Você trocaria seu chuveiro por um banho no rio gelado?

Lembre-se que seus antepassados viviam assim e que a nossa geração já está desfrutando de uma cultura mais evoluída.

Não estou dizendo, que os índios queiram estas coisas que citamos como exemplo, mas querem liberdade de aprender a ler e escrever e usar roupas para se aquentar nas noites frias da floresta, ou um chinelo no pé para proteger dos espinhos; um anzol para poder pegar peixes para seus filhos, um machado para cortar lenha ou fazer seu roçado e o principal é saberem de Jesus e isto tem sido negado para os povos indígenas isolados.

Os antropólogos acham que os indígenas devem permanecer em seu estado original, pois é a única forma destes ganharem seu sustento, estudando-os. E o índio vivendo na idade da pedra, ele pode ser estudado como se fossem “animais” em um zoológico. Mas o que importa é individuo não sua cultura. Deus se importa com o individuo no seu total.

Para os antropólogos, os indígenas não têm valor como ser humanos e sim é para eles objetos de seus estudos e pesquisas, somente isso. Não dá a eles a oportunidade de terem o livre arbítrio de escolha dado a humanidade pelo próprio Deus.

Numa cultura há pontos positivos e negativos. O fato de que em algumas tribos, quando nascem gêmeos; o primeiro que nasce é preservado e o outro abandonado para morrer, eles acreditam que o primeiro que nasce foi gerado pelo espírito bom e o segundo pelo espírito mal. Para nós isto é um absurdo, inadmissível, mas segundo os antropólogos isto é normal e assim será por todas as gerações.

Mas o fato é que se nesta cultura a palavra de Deus for ensinada, certamente estes hábitos negativos serão abandonados e certamente, jamais deixarão o segundo filho morrer. Por esta razão existe muita dificuldade em permissão para missionários, pois nossa presença entre os indígenas é uma ameaça para os antropólogos, e esta ameaça consiste em que certamente os indígenas chegarão ao conhecimento da verdade “e a verdade os libertará”.

Mas o ser humano tem sim uma escolha.

A segunda criança tem direito de viver assim como a primeira, toda cultura por si mesma sofre mudanças, não é o evangelho que é o grande vilão dentro de uma cultura.

Pelo contrario já foi comprovado que: a cultura de um homem convertido vai mudando e melhorando dentro do ‘seu pensamento’ e da sua sociedade.

O discernimento é uma ferramenta essencial para que o missionário possa conhecer a cultura religiosa de outro povo.

A verdade gritante, entretanto é única; o homem sem Deus vive nas trevas, com toda a sua ciência e conhecimento é capaz de sacrificar outros homens no altar do seu egoísmo. A única verdade eterna e imutável é que o ser humano precisa de Deus! Cristo é a única esperança das nações. Porque na verdade, e no fundo do coração do homem, sempre existiram os mesmos pecados que até agora os acompanham! Orgulho, vaidade, egoísmo. Naturais do velho homem.

O maior inimigo do missionário é o antropólogo, pois ele aniquila qualquer chance do evangelho chegar até aos indígenas. Para eles o missionário e a sua missão de levar o evangelho aos povos não alcançados, são encarados como agentes criminosos na eliminação de uma cultura milenar e superior. A audácia deles é tamanha a ponto de lutar para serem reconhecidos pelo governo como tutores dos povos indígenas do Brasil e com autoridade para punir quem contraria esta norma.

A sociedade produz coisas espantosas em matéria de ficção, a mente faz grandes obras que ficam marcadas para sempre, penso que todos se recordam dos desenhos animados dos Flinkstones, uma família da idade da pedra, numa época distante. Mas que todos tinham todos os recursos necessários para sobrevivência, até um grande luxo.

O outro é a família Jackson, numa era espacial, com toda a tecnologia avançada, tinha robôs empregados, cachorros dotados, naves espaciais, telefones com vídeos, etc. Hoje nossa tecnologia se encontra alguns dos aparelhos exibidos na tal era.

Enfim duas ficções, em eras diferentes, em tempos diferentes se evoluíram, com toda sorte de benefícios matérias, tecnológicos, barreiras vencidas.

Tudo era permitido para o bem da raça humana. Mas para os nativos que são reais, lhes é negado o simples remédio para acura da alma. Infelizmente o sistema atual, é falho, mesquinho, arbitrário e sem perspectiva de progresso.

Meu objetivo é despertar e mostrar um panorama vasto e inesgotável com diversos aspectos e personagens reais.

Vidas que precisam ser alcançadas e amadas com indivíduos, que merecem o mesmo estilo de vida que tanto almejamos.

Infelizmente no Brasil e no mundo, para o negro, o pobre e o índio, não há recursos, esforços e disposição para ser justo e humano.

São classes sociais que vivem á parte, esquecidas pelas autoridades. Mas Deus deixou a igreja para cumprir o “IDE”, pense... O que você pode fazer para mudar um pouquinho está situação? Vá! Ore! Contribua! Com sua vida ou financeiramente, ajudando quem já está envolvido neste ministério! Será que Deus pode contar com você?

Lembre-se que todo dia é dia de índio. É necessário fazer algo para que eles sejam alcançados.

Algo aconteceu comigo que me fez pensar sobre a urgência de levar aos indígenas as boas Novas. Estávamos na aldeia em duas famílias, era dezembro de 1989 e o natal se aproximava. Aguardávamos a chegada do avião que todo o mês trazia para nós; alimentos, cartas e muita alegria. E como era próximo o natal, tínhamos uma pequena arvore que uma vizinha nos deu para ser montada, seria uma novidade para as crianças, e para nós apenas um enfeite.

Sendo as cores vivas das bolas e enfeites, de grande curiosidade para os índios, relutei em montar a arvore com muita antecedência. No dia 23/12 resolvi montar a arvore, e no dia seguinte fomos para a pista de pouso esperar o avião. Infelizmente o avião não veio. Ao chegar a casa para colocar meu filho na cama, escutei um barulho e fui ver e qual não foi meu espanto ao ver a arvore toda no chão. Do lado de fora da janela estava uma menina por nome de Tatitu. Estava me olhando com espanto, com a mãozinha fechada e guardando a sua relíquia. Pedi para ver o que era e ela me mostrou uma bolinha vermelha que havia pegado da arvore. Ela disse: eu só queria ver (só que para ver é necessário pegar, isto é a cultura deles). Fiquei pensando que o mais perto que ela chegou do sentido do natal, foi à bolinha que ela pegou na mão. Imaginem como será para eles quando ouvirem o verdadeiro sentido do natal. Deus deu um presente para todo aquele que crê a própria palavra diz: é um presente. Precisa apenas acreditar neste presente. Você já o conhece, mas lembre-se que há pessoas nos confins da terra e saibas que os confins da terra são onde Jesus ainda não é conhecido. Para estes o presente ainda está embrulhado. Tem passado séculos e séculos e muitos ainda não sabem deste presente.

Quanto vale uma alma?

Essa pergunta vira e mexe invade as nossas mentes e ocupa espaço em nossos corações, a permanência deste pensamento em nossas vidas depende muito da nossa sensibilidade diante da realidade.

Só faremos algo, quando tomamos, posição diante de um fato consumado.

Mesmo quando nossas emoções se apresentam fortes e viva ignoramos muitas vezes os nossos sentimentos, com medo de sermos tachados de fanáticos. Estamos seriamente errados se condenamos as pessoas como fanáticas somente porque suas emoções são fortes e verdadeiras.

Todas as emoções afetam nosso corpo. Entretanto elas podem ser de origem natural ou espiritual. Em linha geral o normal é sufocar aquele sentimento, Ignoramos a pergunta e a questão.  Mas sempre pode existir outro caminho depende de cada um de nos, abraçamos a causa como um ponto vital na nossa vida nos doou se tivermos compaixão e zelo para com a palavra de Deus. Só irá dar frutos quando Deus operar no nosso intimo tal desejo. Tudo que posso dizer é que uma experiência deve ser autentica se a bíblia que é a palavra de Deus deixada para nos seres humanos, nos disser que devemos ter aquela experiência. Jamais uma experiência vai ser correta simplesmente por envolver a Bíblia.

O amor é a essência da verdadeira religião. As pessoas que testemunham ser cristãs aparentam amorosas e muitas vezes esse fato é tomado como prova de ser puro o cristianismo delas.

O argumento é que o amor deve vir de Deus, pois satanás não pode amar. Excepcionalmente o amor até o amor pode ser copiado. No entanto podem ser sim imitados eles tentam imitar o amor e a humildade cristã, estas qualidades revelam a beleza do caráter cristão.

Uma situação pode comover alguns e ao mesmo tempo pode passar despercebido por outros, o ser humano é infundado conto aos sentimentos. Na bíblia tem um verso que fala a boca fala daquilo que seu coração está cheio, (Mateus 12.34) sua fala é apenas um espelho de tudo que ocupa seu coração. Suas emoções vieram da função natural de suas próprias mentes e não é uma obra salvadora do Espírito de Deus.

As escrituras ensinam que Deus faz as pessoas conscientes da sua incapacidade antes de libertá-las.

Tocante ao ato de se comover e agir guiado por essa emoção, a pessoa se engana apresenta momento cheios de entusiasmo santo e bradam ‘tudo o que o senhor falou faremos’ logo depois, porém volta a adorar um bezerro de ouro!

A prontidão em falar sobre as coisas espirituais pode vir por bom motivo ou por motivo mal. Talvez seja porque a pessoa está com o coração pleno de emoções santas. É da natureza de todas as emoções fortes que as pessoas tenham uma profunda prontidão em falar sobre aquilo que as afetou. Tal conversa será de fato, tão seria e calorosa. Mas não passará disso!

O que tem importância para você hoje. Os animais ou o ser humano?

Não estou falando que os animais não mereçam nossa atenção e respeito, estou falando da inversão de valores que se dá hoje em dia. Se matar um animal selvagem, um pássaro, ou se mesmo cortar uma árvore, estará sujeito a uma severa punição jurídica.

Mas quanto vale uma vida? A vida do ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus, foi criada para ter comunhão com o Pai e para louvá-lo.

Quanto vale para Deus as crianças abortadas? Durante toda a vida de seres humanos egoístas e presunçosos que julgam ter direito sobre elas? Quanto... Quanto vale?

Eu gostaria de convidar meus leitores, a fazer uma viagem comigo no tempo. Você tem ai uns minutinhos disponíveis para viajar virtualmente nesta aventura? Espero que sim, venham e esqueçam tudo e se arrisquem um pouquinho só. Vamos embarquem comigo nesta incrível viagem, garanto que você ao final dela estará mais ricos de compaixão amor, solidariedade e boa vontade de ajudar aos outros, sejam mendigos, andarilhos e povos não alcançados. Seu filho, sua esposa e seus pais idosos, e até os animais abandonados faz ação social seja como for, vai fazer muito bem para a sua alma. Eu te garanto.

No final dessa curta viagem gostaria que você respondesse a pergunta que não quer calar afinal quanto vale uma vida para você?

Este trabalho foi feito já há alguns anos, foi feito especialmente para a Tia Maria Ramalho Lopes, precisava apresentar um trabalho e um desafio missionário em uma gincana missionária em sua Igreja em Monte Santo de minas. Foi feito em uma semana e desde então estava guardado, mas agora é hora de divulgá-lo porque não?

Nesta viagem não vai ser necessário você usar dinheiro, cartão de credito, identidade nem passaportes. Vamos usar aqui recursos divinos, sentimentos humanos, valores escassos e sensibilidades a flor da pele. Os povos da floresta de que maneira pode chegar até eles?

Lugares de difíceis acessos, nosso destino é o norte do Pará, para chegarmos até a cidade de Santarém existem quatro maneiras:
·         De carro pela rodovia Belém–Brasília até Belém-PA, cerca de 3mil km; e de Belém á Santarém, são três dias e duas noites de barco subindo o rio Amazonas, e o carro segue pela balsa.
·         Outro meio é viajar pela rodovia BR-163(Cuiabá/Santarém). São 3.600 km partindo de São Paulo.
·         Outro meio é viajar de carro pela rodovia transamazônica
·         Avião via Manaus.
·         Avião via Belém.

Da cidade de Santarém para a tribo Zo’é, usávamos o avião como meio de transporte, era o meio de transporte mais rápido para recebermos nossa alimentação.

Em uma ocasião recebemos a visita de um helicóptero, levando funcionários da Funai. Chamado pelos índios de Tucurapinorru (grande gafanhoto).
 

Bem vindos a nossa casa


                                                              Esta é a nossa família
                                                          
                                                     Esta é a grande família da tribo Poturu

Nesta foto estão participando do cerimonial. Homens dançam e cantam e as mulheres lhes oferecem bebidas fermentadas de frutas nativas.
Fazem este cerimonial, celebrando a vida, para purificação e na perfuração para colocar o “poturu” (um pedaço de madeira).


Nesta foto estão colocando timbó. Timbó é um cipó que é amassado com um pau e depois de amassados são colocados na água que tira o oxigênio da água que deixa os peixes atordoados. Isto é feito na época em que os igarapés estão secos.


o nascimento de bebes, não importa à hora seja de dia ou de madrugada, ao nascer já recebem um banho de água frio, os bebes tremem de frio. Você daria um banho frio no seu bebe assim que nascesse? Após o banho acendem uma fogueira para aquecê-lo, pois não possuem cobertas e mantas.

Entramos nesta aldeia em junho de 1988, já estava grávida do nosso filho caçula, pelo fato de estarmos distantes da cidade, não fiz nem um pré-natal. Ali me alimentava do que a mata produzia. E por sinal foi o maior bebe que tive.

Esta foto mostra o melhor passatempo que ele tinha. Engatinhar atrás dos pintinhos e fazia isto até que a galinha o bicava. Ou então fugia para a beira do igarapé. Pois até onças rondavam nossa casa e isto nos preocupava.


Filipe e Jaqueline viveram entre os índios e tinham uma vida tranqüila. Nadavam no igarapé, pescavam. Em todo planeta terra todas as crianças são iguais e brincam da mesma forma. Gostam de aprender coisas novas. Aprenderam a andar de bicicleta e também nossos filhos aprenderam a gostar das brincadeiras deles. Filipe foi alfabetizado na aldeia por mim.



Para que o povo Zo’é possa ouvir e aceitar a Jesus como Salvador é necessário aprender a língua deles e nosso trabalho é executar este ministério, assim como traduzir a Bíblia na linguagem deles.

O trabalho missionário e longo, pois os índios não têm nenhuma noção a respeito de Jesus. Estes nunca ouviram ou tiveram a chance de conhecê-lo ainda.
Deixar a vida boa, o conforto, os familiares e partir para estes lugares difíceis, não é fácil.

A obrigação de ir é sua que esta lendo este relato e talvez você diga: “Mas não posso ir”. Então dobre seus joelhos e clame em favor dos que está indo.
Talvez digas: “Não sou dedicado a orar”. Então contribua com os que, estão indo.

Por causa do pecado a morte espiritual e física passou a todos os homens, por esta razão Jesus precisou morrer e dar seu precioso sangue, sem o qual não há remissão de pecados. Como, pois os índios saberão se ninguém for lhes falar?

A palavra de Deus diz; “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam para serem mortos”
Este índio se chamava Ó. Ficou muito doente e foi necessário trazê-lo para o hospital em Santarém. Mas infelizmente ele morreu e foi para a eternidade sem nunca ter ouvido de Jesus. Chegamos tarde para o Ó. O que nos impediu de irmos antes/ quantos ainda perecerão sem nunca ouvirem?



“Passou a sega findou o verão e nós ainda não estamos salvos” Jr. 8.20


Nesta foto vemos um findar de dia e a noite esta chegando. Meu irmão não deixe que a noite eterna chegue para aqueles que ainda não ouviram. A partir de hoje você tem mais responsabilidades, pois está ciente da tua responsabilidade.